segunda-feira, 6 de junho de 2011

Clonagem de células estaminais renova esperança para a cura de doenças


Um grupo de cientistas sul-coreano isolou, pela primeira vez, linhas de células estaminais embrionárias compatíveis com os doentes. Este passo pode representar um grande avanço em termos do transplante deste tipo de células em humanos, o que ajudará a combater doenças degenerativas e incuráveis, como a doença de Parkinson e a diabetes.

O grupo de cientistas, liderado pelo veterinário Woo Suk Hwang, professor de Citologia, e pelo ginecologista Shin Yong Moon, refere que a experiência foi feita com a colaboração de 18 mulheres, que doaram 185 óvulos para este fim. De entre estes óvulos, 125 eram provenientes de 10 mulheres com menos de 30 anos de idade e foram considerados os mais eficazes. Numa segunda fase foram obtidas células somáticas de 11 dadores, de ambos os sexos, com idades compreendidas entre os 2 e os 56 anos. Entre as amostras recolhidas constavam células somáticas de pessoas com diabetes juvenil, lesões da medúla espinal e deficiência imunológica genética (doenças imunitárias).
De acordo com Woo Suk Hwang, as células obtidas são normais, isto é, com capacidade de auto-renovação e pluripotentes, ou seja, podem transformar-se noutro tipo de células com funções definidas. Deste modo, os investigadores conseguiram criar 11 novas linhas de células estaminais, usando a transferência de material genético de uma célula não reprodutiva a um óvulo, cujo núcleo foi retirado.
Através deste método, designado "transferência nuclear", os óvulos com o material genético do paciente cresceram e transformaram-se em blastócitos, ou seja, voltaram à etapa inicial do desenvolvimento embrionário. O resultado da criação desta minúscula "bola", composta por uma centena de células, foi a formação de células estaminais embrionárias, as mesmas que dão origem às células de um organismo adulto.

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